Caso da única escola de Algodoal, com aulas remotas e precariedade, vira investigação do MPF no Pará
13/09/2025
(Foto: Reprodução) Comunidade pede reforma na única escola da ilha de Algodoal
O Ministério Público Federal (MPF) abriu uma investigação para apurar a precariedade da escola municipal de ensino fundamental Maria de Lurdes Ferreira, na vila de Algodoal, Ilha de Maiandeua, em Maracanã, no nordeste do Pará.
Segundo o MPF, a decisão de abrir a investigação ocorre após protestos da comunidade local que denunciam o "avançado estado de deterioração" da escola. O prédio não passa por reforma significativa há 27 anos.
A situação precária levou à suspensão das aulas presenciais, que foram substituídas por atividades remotas e encontros semanais em um espaço improvisado.
O g1 solicitou nota da prefeitura de Maracanã, mas ainda aguardava retorno até a publicação da reportagem.
Protesto de comunidade de Algodoal, no PA, cobra reforma da única escola da ilha
TV Liberal/Reprodução
Dados levantados pelo MPF apontam que as obras iniciadas pela prefeitura de Maracanã se limitaram a "intervenções pontuais, como nos banheiros e na construção de um muro já desabado, sem sanar as deficiências estruturais".
O órgão informou que enviou à prefeitura do município, na sexta-feira (12), pedido de informações atualizadas sobre as providências já adotadas ou em andamento para a reforma da escola.
No ofício enviado ao prefeito de Maracanã, Reginaldo Carrera (MDB), o MPF relembra que a própria câmara municipal, por meio de requerimento de março de 2022, já tinha solicitado à prefeitura a realização de reforma geral na unidade de ensino devido às "condições inadequadas de funcionamento".
O procedimento administrativo do MPF, aberto pelo procurador da República Felipe de Moura Palha, tem o objetivo, ainda segundo o MPF, de acompanhar a implementação de ações de manutenção e reforma da unidade de ensino.
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