Moradora de território quilombola de Oriximiná denuncia invasão de lago e agressão

  • 24/10/2025
(Foto: Reprodução)
Entrada de pessoas externas ao território quilombola causa conflito em Boa Vista do Cuminã Angelica Oliveira Uma moradora da comunidade Boa Vista do Cuminã, na região do território quilombola do Erepecuru, em Oriximiná, oeste do Pará, registrou boletim de ocorrência na última quarta-feira (22) contra um contador e uma enfermeira, por agressão e ameaças, que ela diz ter sofrido por parte do casal. O episódio teria ocorrido após a entrada do casal com um lancha de pesca no lago em frente à casa de Angelica Pinheiro de Oliveira. ✅ Clique aqui e siga o canal g1 Santarém e Região no WhatsApp “Nessa época de seca, muita gente vem pra cá invadir por causa da pesca. E a gente que mora aqui perto fica à mercê da vida, porque a gente tem uma associação que nos representa, mas eles são os primeiros a autorizar a entrada de terceiros. Na terça-feira entraram duas lanchas com quatro pessoas, uma com um casal, sendo o homem me agrediu e a mulher dele. Na outra tinha dois homens que não pararam”, contou. De acordo com Angelica, ela viu quando o casal puxou um tucunaré e eu foi até à beira do lago perguntar quem tinha dado ordem para pesca naquele local. O homem teria dito que dois diretores da associação tinham autorizado. “Ele disse que era o Jacó e o Ricardo. O Ricardo é o presidente e o Jacob é diretor de patrimônio. O homem se alterou comigo quando eu falei que era pra ele voltar porque quem morava no lago era eu e eu não dava autorização. Ele me xingou, me chamou de um monte de coisa, de vagabunda. Eu cheguei perto da lancha dele e peguei uma bolsa com um lençol e coloquei na proa da minha canoa. Ele veio com a lancha na minha direção, eu pulei pra terra, ele me empurrou e eu caí na lama”, relatou Angelica. Veja os vídeos que estão em alta no g1 De acordo com a denunciante, depois de empurrá-la, o homem voltou para a lancha dele. Ela falou pra ele que ia ligar pra polícia. O homem então teria saído na lancha, retornando depois com um dos diretores da Acorqe. “Quando eles chegaram eu comecei a filmar. Quando o homem viu que eu estava filmando, ele começou a negar tudo o que ele tinha feito. Depois ele disse que a gente podia resolver de outra maneira, mas que se eu quisesse eu podia denunciar que eu podia denunciar porque não ida dar em nada”, disse Angelica. Angelica registrou boletim de ocorrência no site da Polícia Civil, mas não fez exame de corpo de delito. O g1 fez contato com o presidente da Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Erepecuru, Ricardo Almeida, que informou por telefone que toda autorização que associação dá é por meio de um documento assinado. “Eu como coordenador da Associação não dei nenhum documento”, afirmou. Sobre a ida de um diretor até o local do conflito, Ricardo informou ao g1, que a finalidade foi apaziguar os ânimos e levantar informações para que a associação pudesse tomar providências, caso necessário. A Acorqe também enviou nota de esclarecimento. Veja a íntegra: “A Acorqe vem a público esclarecer que não concedeu qualquer autorização para que indivíduos adentrem o território quilombola com o propósito de realizar atividades de pesca, em nenhuma modalidade. A situação em questão se refere, estritamente, a conflitos internos que envolvem comunitários. A Associação está ativamente buscando mediar e solucionar estas questões, reiterando seu compromisso com a integridade territorial e a manutenção da ordem e do diálogo entre seus membros.” VÍDEOS: Mais vistos do g1 Santarém e Região

FONTE: https://g1.globo.com/pa/santarem-regiao/noticia/2025/10/24/moradora-de-territorio-quilombola-de-oriximina-denuncia-invasao-de-lago-e-agressao.ghtml


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