Óbidos e Oriximiná recebem ações da Adepará contra pragas que podem ameaçar agricultura na região
02/07/2025
(Foto: Reprodução) Capacitações, cursos e abordagens educativas orientaram produtores e estudantes sobre a mosca-da-carambola, monilíase, vassoura-de-bruxa e doenças animais. Palestra nas comunidades rurais
Agência Pará/Divulgação
Os municípios de Óbidos e Oriximiná, no oester do Pará, receberam ações educativas promovidas pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), por meio da Gerência de Educação Sanitária. As atividades visaram ampliar o conhecimento da população sobre as principais pragas e doenças que afetam a produção agrícola e animal, com foco na prevenção e controle sanitário.
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Em Óbidos, às margens do rio Amazonas, as ações foram direcionadas a docentes e discentes dos cursos técnicos do campus local do Instituto Federal do Pará (IFPA). Também foram ofertados cursos voltados à formação de agentes multiplicadores do Programa Nacional de Erradicação da Mosca-da-Carambola, com a participação de agentes comunitários de saúde, agentes de endemias e técnicos da vigilância sanitária.
"Esses cursos seguem um calendário nacional e são essenciais para formar pessoas que atuam tanto na zona rural quanto urbana. Elas se tornam multiplicadoras das informações sobre pragas que impactam os cultivos agrícolas. Com esses dois cursos realizados em Óbidos, já chegamos ao total de 52 formações", informou Gabriela Cunha, fiscal agropecuária e engenheira agrônoma responsável pelas ações educativas do programa.
Durante os cursos, foram utilizadas metodologias ativas de ensino para abordar a mosca-da-carambola, uma das principais ameaças à fruticultura brasileira. O inseto, que se reproduz em mais de 30 tipos de frutas, é combatido por meio de um programa estadual estruturado, que inclui ações de defesa agropecuária e campanhas de conscientização.
Prevenção e controle no campo e nas comunidades
Em Oriximiná, as ações educativas ocorreram em comunidades rurais, como Nova Betel (estrada do BEC) e Maria Ipixi, às margens do rio Nhamundá, na divisa com o município de Terra Santa. Além da mosca-da-carambola, foram abordadas outras ameaças fitossanitárias como a monilíase — doença que atinge o cacaueiro e o cupuaçuzeiro — e a vassoura-de-bruxa da mandioca.
Na área da defesa animal, o agente fiscal agropecuário Celso Pereira apresentou os programas de controle da brucelose, rastreabilidade bovina, sanidade suína, além de reforçar a importância da atualização cadastral dos produtores.
Foco de mosca carambola foi identificada pela Adepará em Oriximiná
“É fundamental levar informações sobre os riscos sanitários à agricultura das comunidades da região, especialmente em municípios que fazem fronteira com o Amazonas, onde já há ocorrência de monilíase. Com o crescimento da cacauicultura e o apoio do setor industrial, é essencial promover ações educativas para fortalecer a defesa agropecuária”, destacou Olivar Valente, agente da Adepará.
Fiscalização em trânsito e informação acessível
A equipe da Adepará também realizou abordagens educativas em embarcações que transportam cargas e passageiros com destino à cidade de Parintins (AM). Os técnicos distribuíram panfletos informativos e orientaram sobre a importância de evitar o transporte de frutas hospedeiras da mosca-da-carambola, uma das formas mais comuns de dispersão da praga.
Programa Estadual de Erradicação da Mosca-da-Carambola
A erradicação da mosca-da-carambola é uma prioridade estratégica da Adepará. Entre as ações executadas, destacam-se:
Monitoramento com armadilhas georreferenciadas;
Fiscalização do trânsito agropecuário em áreas de risco;
apacitação contínua dos fiscais;
- Campanhas permanentes de educação fitossanitária.
As iniciativas seguem os princípios das Boas Práticas Agrícolas (BPA), promovendo o manejo integrado de pragas, a rastreabilidade das ações no campo e a conformidade com a legislação vigente. Essas práticas contribuem para a obtenção do selo BPA, agregando valor à produção paraense e aumentando sua competitividade em mercados exigentes do ponto de vista sanitário.
“As estratégias adotadas pela Adepará não apenas protegem a fruticultura paraense, mas reafirmam o compromisso do Estado com a sustentabilidade e a excelência produtiva, promovendo um setor agrícola cada vez mais competitivo”, enfatizou Adalberto Tavares, gerente do Programa Estadual de Erradicação da Mosca-das-Frutas.
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